domingo, 8 de maio de 2011

Fantasma (08/05/2011)


Nesta vida, tudo tem que se alcançar através da luta
Se não lutarmos, nunca seremos capazes de atingir o fim
Pior será quando sentimos que apenas remamos contra a maré.

Sinto o rio a fluir como se eu nem estivesse ali
Por vezes sinto-me capaz de converter a corrente
Por outras apenas a observo
E vejo que não alterou em nada,
Faça eu o esforço que fizer, não muda.

Penso no que estarei a fazer de errado
Para não criar nenhuma mudança
Será força dos meus actos insuficiente?

É como se eu não existisse
Sou apenas um fantasma no meio do rio
A corrente passa através do meu corpo, sem sequer lhe tocar
Nem dá por mim
A fazer força para que o sentido se altere,
A tentar causar a mudança nesta forma de vida,
Mas nada...

As energias fogem rapidamente do meu corpo,
Não vendo resultados, sinto-me incapaz de mudar seja o que for..
E penso se valerá a pena continuar a remar
Se daqui a uns tempos tudo será igual...

Para que se exerça a força contrária,
É necessário que hajam dois corpos pesados,
Para fazer mudar a direcção de um trajecto.
Mas o rio não me sente…

Esta corrente que desvaloriza a minha força e vontade,
Terá que me ver partir,
Sair do rio e esquecer
Mas sabendo que um dia lutei e fui capaz,
O rio é que não viu o fantasma que nela remava!

Um perfeito vazio invade a minha alma...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Diferente (06/04/2011)


Sou diferente,
E é por isso que ganho o amor das pessoas.
Ao seres igual só consegues o interesse de quem te rodeia
Eu sou quem sou e não escondo nem nunca vou esconder.
Sou transparente naquilo que sinto
E sincera quanto ao que quero.

Hoje em dia somos poucos,
E cada vez somos menos.
Mas eu não largo dos meus princípios
Só para agradar o povo.
Eu sei quem sou, de onde vim e o que fiz para conseguir cá chegar.
Amei, lutei, perdi, errei e aprendi.
E isso fez de mim quem sou hoje:
Diferente.

Este mundo tornou-se futurista
Mas não da forma que era esperada, mas sim
Por serem todos uns robôs a andar de um lado para o outro
De forma programada
Sem saberem para onde vão e o porquê
Apenas "porque sim"!

Orgulho-me de mim mesma por ser quem sou
Orgulho-me de aprender com as minhas derrotas e também as vitórias.
E gosto de olhar para baixo e me rir ao ver o destino dos robôs:
Nenhum.
Mas triste, por saber que todos têm capacidades que não usam.

Enquanto eu continuo a construir o meu caminho
Com algumas pedras grandes, outras pequenas, mas continuo sem parar
Porque eu sei que tenho um destino
E não sei qual é, mas vivo e aprendo para lá chegar!

Agora diz-me...
Já paras-te para perguntar a ti próprio,
Para onde vais?
Enquanto o teu corpo e alma não te responderem
É porque a tua alma está vazia e negra
E é o que te faz igual aos demais.

Eu escolho viver e ser feliz,
Tu escolhes viver.

sábado, 19 de março de 2011

A Tua Mão (19/03/2011)


Eu estava perdida
Neste meu mundo impenetrável
Vagueando sem destino
Presa nesta escuridão
Pelas sombras que me perseguem.

Tu estendeste-me a mão,
Disseste-me para confiar em ti
Eu agarrei-a e subi um degrau
E sinto que me estás a segurar
Á medida que vamos subindo estas escadas,

Sinto-me cada vez mais perto da luz
Sinto a brisa do vento nos meus cabelos
A expectativa da vida lá fora
A sensação de novas possibilidades,
Novas batalhas para travar,
Uma nova vida para viver.

Aqui estou eu
Ascendendo passo a passo,
Cada vez mais perto,
Hei-de lá chegar.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Wake Me Up (05/02/2011)


I've become broken within
Can’t move ahead.
It's like I’m being held,
It's cold, too cold..

My mind wonders trough the darkest places
Where ther's only pain
I'm dying inside…

How couldn't I?
You were drowning me in your lies
I am cursed…

Gaze my eyes…
Why do you see?
This is not a mask,
I have lost myself in all the pain,
Just because you've got me fooled…

I can't even trust myself anymore!
I can't break trough..
I’m fading away.

I'm tired of this nightmare..
Wake up before it's too late..

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vivo em ti (05/01/2011)


A minha alma chora a tua perda
Lá fora, as gotas que caem do céu
Foram lágrimas que o meu espírito verteu
Ao sentir-te a ir embora!

O fio que anexava estas duas almas, cessou,
Sem explicação, sem aviso.
Outrora fora mais forte que uma tempestade
Que presencio a nascer lá no fundo no horizonte

A brisa do mar, que agora contém
As gotas da minha desgraça,
Vem até mim e sussurra-me o teu nome.
Ao tentar agarrá-la,
Ela escapa-me entre os dedos.
Fora apenas um sopro,
Um grito mudo
Daquela que já fui enquanto caminhavas a meu lado,
Por estas vias por onde a vida nos conduz.

Onde quer que estejas hoje,
Contempla o céu e observa a tempestade
Pois só ela te pode contar a história do desaparecimento da minha força,
Da minha alma,
Enquanto gritava: “Eu vivo em ti!”

A dor da tua ausência
Fez com que esta se refugiasse, e
A amargura que os sentidos me dão ao me lembrarem de ti
Um por um…

Provo - cada beijo teu apenas com uma lembrança,
Escuto - o teu nome quando estou sozinha,
Vejo - a tua imagem de quando te foste,
Cheiro – o teu perfume por cada pedaço de mim,
Sinto - o teu toque por onde as tuas mãos já passaram,

Esta mágoa insuportável não se vai embora
Apenas para me lembrar de que foste real
E que no meu coração ficarás,
Pois a minha alma está agora contigo, e a tua comigo,
Eu vivo em ti e tu vives em mim.