quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Vivo em ti (05/01/2011)


A minha alma chora a tua perda
Lá fora, as gotas que caem do céu
Foram lágrimas que o meu espírito verteu
Ao sentir-te a ir embora!

O fio que anexava estas duas almas, cessou,
Sem explicação, sem aviso.
Outrora fora mais forte que uma tempestade
Que presencio a nascer lá no fundo no horizonte

A brisa do mar, que agora contém
As gotas da minha desgraça,
Vem até mim e sussurra-me o teu nome.
Ao tentar agarrá-la,
Ela escapa-me entre os dedos.
Fora apenas um sopro,
Um grito mudo
Daquela que já fui enquanto caminhavas a meu lado,
Por estas vias por onde a vida nos conduz.

Onde quer que estejas hoje,
Contempla o céu e observa a tempestade
Pois só ela te pode contar a história do desaparecimento da minha força,
Da minha alma,
Enquanto gritava: “Eu vivo em ti!”

A dor da tua ausência
Fez com que esta se refugiasse, e
A amargura que os sentidos me dão ao me lembrarem de ti
Um por um…

Provo - cada beijo teu apenas com uma lembrança,
Escuto - o teu nome quando estou sozinha,
Vejo - a tua imagem de quando te foste,
Cheiro – o teu perfume por cada pedaço de mim,
Sinto - o teu toque por onde as tuas mãos já passaram,

Esta mágoa insuportável não se vai embora
Apenas para me lembrar de que foste real
E que no meu coração ficarás,
Pois a minha alma está agora contigo, e a tua comigo,
Eu vivo em ti e tu vives em mim.