terça-feira, 28 de abril de 2009

Assassino (01/12/2006)


Aí vem ele...
Lascivo mas atento...
É este o seu trabalho,
Aproxima-se das vitimas,
E elas nem dão conta,
Mas ele está sempre a vigiar-nos
Prestes a atacar...

Quando ataca,
É de forma doce...
Com tanta ternura...
Ele anda aí,
O assassino sensual,
Um homicida amigo...

Ele mata por prazer,
Mas não te escondas!
Não vale a pena fugir,
Nem deves!
Porque dessa forma,
Vamos todos morrer...
Ataca tudo que tem vida!

Começa por nos acariciar...
De forma calma,
Passa as mãos pelo nosso corpo,
Mexe no sentimento...
No nosso pensamento!
Começamos a sorrir a toda a hora,
E sem dar-mos por isso,
Já nos deu o beijo fatal!
Já nos acertou com uma seta,
Já é tarde...
E gostamos...

Estamos mortos,
Mas nunca nos sentimos
Nem estivemos tão vivos!
O coração bate o dobro por minuto,
Prestes a explodir
O chão escapa-nos dos pés,
Vamos em direcção á lua,
E a cada dia que passa,
Mais depressa subimos,
E mais perto nos encontramos...

Quanto te sentires assim, pensa,
O assassino entrou na pista,
Já estás preso na sua dança!
Só tens que descobrir o teu parceiro,
Porque neste homicídio,
Tens alguém ao teu lado
Para que o céu,
Seja um novo começar de vida!

Não abras os olhos...
Porque o flecheiro escolhe a altura certa,
Quando menos esperares,
Já tens o destino desenhado para a lua!

O assassino vai-te encontrar
Onde quer que estejas,
É a chance de outra vida!
Deixa-te ir...
Não tenhas medo!

O assassino é o Flecheiro,
O nosso Cupido...
A causa de morte,
A doença que a todos afecta,
O amor...
Deixa-o atacar...

Sem comentários:

Enviar um comentário