terça-feira, 28 de abril de 2009

O Beijo Do Luar (19/06/2007)


Em tempos nadei nas águas da saudade,
Flutuando… com asas para baixo...
Sentindo as correntes...
Olhos fixos na luz do glorifico luar presente...
Os olhos que brilham como cada ponto cintilante no céu...

A noite está escura…
Não se sente uma brisa,
Um suspiro, uma presença...
Só eu, a lua, as águas e a saudade...
No intervalo da devastação,
Nesta noite tão serena,
Sossego de mais para não desconfiar...
Mas deixei-me levar...

Fecho os olhos,
e adormeço fechando as portas para a dor...
Sentindo apenas a serenidade daquele paraíso
Dormindo, sonho com o passado...
Momentos que não se esquecem
nem querem ser esquecidos!
Sorrio sem me aperceber...

Adormecida, sinto uma brisa fria que me percorre o corpo,
abro os olhos, e as estrelas escondem-se nas nuvens...
E, num segundo, um clarão!
Uma luz que faz a noite se converter em dia!
Saindo da água procuro a fonte...
E só sinto um suspiro na minha cara...
E, no canto dos lábios, um beijo...
Um beijo que fez com que aquela brisa desaparece-se,
E começo a sentir calor...
Um ardor que me vai percorrendo todo o corpo
Mas que não queima,
É algo reconfortante...
Que me consola…
Que me faz sorrir...
Como se alguém me tomasse em seus braços para me proteger!

Hoje...
A cada noite que passa
as estrelas brilham ainda mais...
Olho para a lua, e pergunto:
"Não sentes saudades dos lábios que uma vez os teus tocaram?"
E adormeço, para outro dia...

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