terça-feira, 28 de abril de 2009

Destino Que Me É Destinado (16/10/2006)


Aproxima-te...
Fecha os olhos,
Entra nesta viagem...
Sente o meu medo...
Ouve-me com atenção...

Por diferentes caminhos
Desejo chegar ao mesmo destino
Ser feliz...
Mas encontro demasiadas pedras espalhadas
O chão abre-se cada vez mais...
E torna-se cada vez mais difícil
não ver o meu verdadeiro destino...
O grande abismo!

Só de olhar,
Se sente a escuridão,
As trevas tomam conta de mim...
O frio que me abraça,
Os olhos enchem-se de solidão...
Sinto um arrepio que me domina...
É o destino que me é destinado!

Quem o meu futuro quiser procurar
É só isso que vai encontrar
Nevoeiro...
Sitio onde certezas não há!
Não há portas por onde escapar!
O meu espírito dorme...
Esperando por alguém que o venha acordar...
Aguardando o dia em que me libertarão,
E que me ensinem outro caminho
O caminho que sempre desejei...

Enquanto a alma dorme,
Vivo uma mentira!
Fingindo que sei o que quero...
Batalhando a todos os segundos
Por algo que sei que morreu...
Procuro alguém,
Que me traga de volta á vida!

Quero acabar com as lágrimas que ninguém vê
Com os medos que nunca acabam
Com os gritos que ninguém ouve
Com os suspiros que nunca param

Vivo cada dia
Com o peso de mais um!
Nem é chamado viver,
É acordar,
Olhar para o espelho
e só ver um rosto, traços...
E se ver uma história nos olhos de escuridão...
E penso
Aqui estou eu para mais um dia.

Quero acordar de uma vez!
Acabar com a mesma história!
Virar a página...
Sair do frio,
Fazer algo por mim
Conseguir apagar o passado
E viver uma nova vida,
Sem arrependimentos nem memórias
Nem um "eu era", "eu senti", "eu fiz"...
Esquecer tudo...

Abre os olhos agora...
E diz-me o que vês...

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