terça-feira, 28 de abril de 2009

O Meu Mundo (24/07/2006)


O tempo vai passando,
eu vou mudando
E me tornando num ser
Um ser raro,
Algo só meu
Que só eu posso ver
E só o meu mundo pode reconhecer...

Eu vejo sem ver...
A escuridão é a minha luz do dia!
Não suporto a luz do sol
A lua é o meu mundo...
A escuridão é o meu meio
O ambiente que me faz sentir em casa...

Sou anjo das trevas
Vejo no meio do invisível!
Vejo na escuridão...
Nela vivo,
Escondida da luz
Num mundo de dúvidas e charadas
Onde nada parece certo
E quase tudo parece errado!
Começa tudo pelo fim
Acaba tudo no inicio...
Não consigo descobrir as verdadeiras respostas
Que encaixem neste mundo...

De vez em quando,
Aparece que uma janela se abre
De onde sai uma luz
Que traz a alegria de que preciso
Mas a alegria dói...
E volto ao mesmo,
Tudo porque a alegria não era real!

Depois de tudo,
Continuo sentada nas trevas
No cemitério das almas,
Dos corações...
Onde tudo é enterrado e esquecido!
Como se nunca tivesse existido...
Sentada, reflectindo...
Vou fechando os olhos
Para a mente dar lugar a memórias...
E desejos para o futuro...

É este o meu mundo,
É assim que o conheço...
É assim que vou vivendo,
Até que me mostrem a real alegria,
De puder voar,
E ver no visível!

1 comentário:

  1. É ser eu
    Sem ponto final
    Sem vírgula
    Sem adicionar o igual
    A toda a gente;
    É ser o meu próprio espelho
    Sem fazer diferença
    Entre o inexperiente e o vivido,
    Sem subestimar
    O novo e o velho,
    E tomar algo por definido.
    Diferente
    É a separação
    O desencontro
    Do amor, da paixão;
    Indiferente
    Ao coração
    Á ideia, à razão
    Do conhecido
    Que apenas o vemos
    Como nosso infinito,
    O incerto e desejado destino.
    Diferente
    Por uns e outros
    Achado,
    Por outros e mais alguns
    Apenas seleccionado;
    Onde está a magia?
    Porquê a data marcada?
    Para quê pensar
    Para quê ficar parado?
    Há que valorizar tudo
    Há que ser indiferente ao nada.
    Diferente
    O bem do mal
    O certo do errado,
    Experiências que agente sente
    Aquilo que nos parece,
    Não passava apenas
    De uma situação material
    E carnal;
    A palavra que era habitual
    Ousado por ser usual;
    O ser que se mente
    Pelo que sente,
    Sem deixar escapar
    O seu ser diferente
    O original.
    Diferente
    É a sintonia
    Que regula
    A loucura;
    Para quê ser normal?
    Se nada no mundo combina
    E toda a música desafina;
    Não ser ouvido
    Nem avaliado,
    Ser diferente
    Logo se é rotulado
    Pela sociedade dispensado,
    Ser que segue o sonho
    E se torna indiferente,
    Aos olhos de toda a gente.

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