terça-feira, 28 de abril de 2009

Serei Teu Refugio? (01/09/2006)


Não é a mim que amas
Tu procuras em mim um refúgio
Procuras um lar
Um sitio onde estar
Um lugar para correres cada vez que algo está mal
Depois do verdadeiro amor ter desaparecido!

A tua vida nunca mais foi a mesma
Na tentativa de morte procuras-te a solução
O lar, que tanto desejas
Em fugir também o procuras-te,
Mas sempre impedido de o fazer,
Continuas a tentar,
E a magoar quem te ama...
Apesar de em mim,
Encontrares um pouco de paz
Não é a mim que amas
O teu verdadeiro amor foi-se
E procuras o refúgio...
Procuras-me a mim...
Procuras estar comigo!

Tantas vezes te tento animar
Poucas delas consigo
Porque essas acabam em discussão!
As outras não consigo
Porque não é comigo que queres estar!

Não deixes que nada nem ninguém
Interfira assim na tua vida!
Tens de amar,
Perder,
Voltar a amar!
Para viver!
Mas tu queres é desaparecer
Fugir daqui
Voar para fora!
Não é o correcto!
Segue o meu concelho...

Agora são estas
As explicações que encontro
Para as tuas reacções
Para os teus momentos de fraqueza
Para tudo aquilo que te deixa infeliz...
Porque seja o que for,
Um amor amor
Está sempre presente...
É algo que não nos escapa,
Ao corpo...
E á alma...

Eu que o diga...

Apesar de tudo,
Sabes que comigo podes sempre contar
Seja para o que for
Eu vou cá estar...

Procura a tua felicidade
No seu verdadeiro lugar
Procura-o na sinceridade
Procura-a em ti!
E só aí...
A poderás dar aos que te amam...
Aí vais ser feliz
E deixar que o sejam,

Por caminhos separados ou não
Tens sempre a minha mão para agarrar
Nunca te vou largar,
Nem abandonar!
Nunca vais estar sozinho,
Eu estou aqui!

Procurarás em mim um refúgio?
Ou serás sincero contigo,
E com os outros?

E este texto é para ti
Depois de duas lágrimas
Que sozinhas caminharam
Pelo meu rosto,
Até á alma!
Para isto te dedicar!

1 comentário:

  1. Hoje...

    Sou hoje, a noite que fria me desvenda...
    O orvalho que leve e torturante me desata...
    E ata...
    Em nó de pensamentos e loucuras.

    Insano...
    Hoje sou eu o céu coberto pela espessa luz negra... sombria
    Sou a fonte da água cristalina já com a cólera da vida.

    A noite desenfreada...
    Esvai-se em mim...
    E sou eu apenas a ampulheta
    a virar de hora em hora num ritmo de desespero.

    Sou hoje o meio termo do avesso.
    A incerteza do dia seguinte.
    A insanidade vindo passo a passo...
    Num encontro rumo ao meu suicídio.

    Sou hoje a treva do meu espelho reverso,
    Meu descontente sorriso febril.
    Um ébrio a bordejar entre ruas e vilarejos...
    perdido.

    Sou hoje o difuso fogo da paixão dilacera.
    Que de fugaz me destrói forte...
    Lento.

    Sou hoje a prostituta no beco sem saída...
    encurralada.
    A virgem sem inocência que aguarda o seu maior desejo.
    A criança que brinca sem saber a tristeza da vida.

    Sou hoje a estrada sem placa,
    Perdendo-me a cada encruzilhada.
    O vício que não me contenta
    a busca incessante por mais um trago...
    O mórbido vampiro com desejo de mais um gole de sangue.

    E vai-se em mim a noite...
    E já agora sou dia...
    Nublado... cansado... sem sol...

    E sou hoje, o dia sem brilho,
    O camaleão se escondendo da chama e da foice da morte.

    ResponderEliminar